Tradicionalmente, o Rei de Copas refere-se ao amante que chega. Para uma mulher solteira, por exemplo, pode significar a chegada, em sua vida, de um parceiro encantador e apaixonante. Isso porque o Rei de Copas reúne na composição os elementos água e fogo, emoção e instinto.
O Rei de Copas ama com intensidade e sinceridade (diferente do Valete de Copas, que pode ser calculista), mas não espere dele constância, noção de limites ou responsabilidade emocional. Embora ele não tenha a intenção de ferir, ele pode ferir quem espera demais dele. Não é que uma relação definida por esse Rei não possa prosperar e se estabilizar, mas quando sai numa tiragem, o Rei de Copas lembra que não existe no momento uma base sólida para uma relação monogâmica. Talvez seja o caso de curtir despreocupadamente os momentos de amor e prazer, sem expectativas para o futuro.
Se a carta é positiva ou negativa na tiragem vai depender das suas expectativas e percepção da relação. A pessoa representada pelo Rei de Copas está entregue aos desejos do coração, e não se sente presa por determinações morais. Ou seja, vai ficar onde o coração quiser estar. Num início de relacionamento, é o esperado. Quando se quer estabilizar a relação, pode ser um problema, pois essa carta não indica comprometimento, embora exista muito prazer em estar juntos. Numa relação estável, especialmente quando as coisas não vão bem entre o casal, inspira atenção e cautela, afinal, se o Rei de Copas está buscando a satisfação dos seus desejos, e isso não está acontecendo com sua parceira (ou parceiro), pode estar acontecendo em outro lugar. Quando nos aprofundamos no significado sistêmico dessa carta fica mais fácil entender.
O que é a abordagem sistêmica?
Nessa abordagem, entendemos que nosso destino se constrói a partir da história pessoal e ancestral. O que aconteceu na sua família molda o seu comportamento, e,portanto, também vai determinar o seu destino. Quando olhamos nossa história através das cartas do tarot, estamos olhando para as histórias parecidas que aconteceram antes na nossa família. Temos, então, a oportunidade de fazer escolhas mais conectadas com nossas necessidades do momento, criando conscientemente nosso destino, e reduzindo o sofrimento e a sensação de impotência.
As cartas da corte representam, numa tiragem integrativa sistêmica, as características de personalidade que desenvolvemos para sobreviver, que nos fazem semelhantes aos nossos ancestrais e familiares e também as características que deveríamos desenvolver para fluir com mais facilidade na vida.
O Rei de Copas sistêmico
Na abordagem sistêmica, o Rei de Copas nos lembra a importância de estarmos conscientes do nosso desejo real e profundo, e que só você pode orientar as suas escolhas para o seu contentamento e felicidade. Permitir-se é necessário, responsabilizar-se , também. Isso só é possível quando incluímos, ou aceitamos, todas as manifestações desse Rei nas nossas vidas.
No aspecto tradicionalmente chamado de sombrio, ou em termos sistêmicos, quando excluímos o Rei de Copas, estamos falando sobre a carência desesperada que sobrepõe o desejo saudável. É quando existe uma trava psíquica para o crescimento e a maturidade, em que uma pessoa percebe que a mamãe não pode ser eternamente responsável pela nutrição emocional. O Rei de Copas sem responsabilidade emocional é esse menino carente que revive, através de cada mulher, o vínculo com a mãe. Ele não se nutre, porque se doa a várias mulheres, e não consegue estabelecer vínculos onde exista uma troca real, porque sua carência, cada vez maior, o impulsiona para novas conquistas, que ele desesperadamente espera que vá preencher seu coração.
Traições sexuais
Quando um homem com o perfil do Rei de Copas não saudável se casa, é comum que ele tenha uma fidelidade básica com a esposa, para quem ele sempre voltará, mas que frequentemente precise de conquistas sexuais passageiras para se afirmar. A parceira fixa desse Rei-menino pode ser muito compreensiva e maternal, ou ingênua e esperançosa de que em algum momento esse homem mude. Enquanto isso, ela pode até chorar e brigar, mas como uma boa mãe, vai sempre aceitar e perdoar.
No aspecto tradicionalmente chamado de sombrio, ou em termos sistêmicos, quando excluímos o Rei de Copas, estamos falando sobre a carência desesperada que sobrepõe o desejo saudável. É quando existe uma trava psíquica para o crescimento e a maturidade, em que uma pessoa percebe que a mamãe não pode ser eternamente responsável pela nutrição emocional. O Rei de Copas sem responsabilidade emocional é esse menino carente que revive, através de cada mulher, o vínculo com a mãe. Ele não se nutre, porque se doa a várias mulheres, e não consegue estabelecer vínculos onde exista uma troca real, porque sua carência, cada vez maior, o impulsiona para novas conquistas, que ele desesperadamente espera que vá preencher seu coração.
Como incluir o Rei de Copas e se libertar de dinâmicas sistêmicas problemáticas
Sistemicamente incluímos aquilo que aceitamos. Se você está numa situação difícil e o Rei de Copas apareceu como parte da resposta, pergunte-se:
- O que esse Rei fala sobre mim? Eu consigo seguir os desejos do meu coração, me permitindo ser feliz? Eu me oriento pela carência e tenho dificuldade de me responsabilizar?
- Existe alguém em minha vida, no momento presente, que tenha as características desse Rei?
- Quem na minha família era parecido com o Rei de Copas?
- Eu aceito o jeito de ser dos “Reis de Copas” da minha história?Eu os critico ou culpo pela dor que me causaram? Eu os critico ou culpo pela dor que causaram a outras pessoas? Eu jurei, em algum momento da minha vida que não seria como eles?
- Eu sei curtir os momentos bons de um relacionamento e entender que por mais que eu deseje o outro não me deve compromisso se ele não quiser?
- Eu tenho responsabilidade emocional COMIGO?
- Como andam os momentos de amor e paixão no meu relacionamento? Estou atenta às minhas necessidades emocionais e às do meu parceiro ou parceira? Estamos nos entendendo bem?
Para finanças, profissão e planos para o futuro
Quando essa carta sai como resposta a uma pergunta sobre finanças, profissão ou planos para o futuro, vamos a influência (existente, futura, desejável ou indesejável) de uma personalidade do tipo Rei de Copas.
Talvez haja uma paixão (ou várias) que influenciam no resultado daquilo que se pergunta, para o bem ou para o mal.
Talvez exista uma pessoa com as características desse Rei que seja importante nesse assunto.
Talvez o consulente precise desenvolver as características do Rei de Copas para fluir melhor nos assuntos que o preocupam. Talvez, inclusive, o desenvolvimento da capacidade de se entregar com paixão para a vida seja o chamado do momento.
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