Dez de paus - lidando com a co-dependência
Co-dependência é uma termo que surgiu no âmbito dos serviços “Anônimos” (alcoólico anônimos, narcóticos anônimos) e que servia para designar os familiares cuidadores que abriam mão da própria vida para cuidar das necessidades dos adictos. Notou-se que a natureza doentia da relação entre os dependentes químicos e seus familiares era um empecilho para a solução, já que os co-dependentes precisavam salvar os dependentes de suas mazelas. Eles não cuidavam do outro pelo outro, mas por si mesmos.
Hoje define-se a co-dependência emocional, como a dependência de um indivúduo, em que o co-dependente atua como responsável pelo outro, que tem comportamentos inaceitáveis em função de uma imaturidade ou uma fraqueza como a dependência física, emocional ou financeira. O co-dependente coloca-se como salvador do dependente, justificando abandonar seus desejos e sonhos pois precisa cuidar dele.
O co-dependente se faz forte porque precisa ser indispensável e morre de medo do abandono e rejeição. Ele se ressente do dependente, pois, de fato, tem sua energia sugada. É muitas vezes abusivo sem perceber, pois se acha no direito de cobrar comportamentos e fazer escolhas pelo outro, a quem não considera um igual. Quando deixa de fazer algo para o outro, sente culpa e medo, pois só sabe relacionar-se sendo útil.
Nesse sentido, o dez de paus traz a percepção necessária para quem está numa situação de co-dependência, possibilitando o enfrentamento de que alguém não faz tudo pelo outro por causa das necessidades dele, mas por causa das próprias necessidades, especialmente a necessidade de sentir-se útil e indispensável. E, ao cuidar de absolutamente tudo que o outro necessita, o co-dependente tira dele a oportunidade de evoluir e crescer com as próprias dificuldades.
A solução é ficar apenas com o que é seu, apenas com o que dá conta. Olhar para o outro como uma pessoa adulta, capaz de lidar, ou pelo menos, aprender a lidar com as próprias responsabilidades é essencial.
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